Nossa discoteca // Living Colour

Nada melhor pra começar esse blog de rock, do que essa banda que mesmo não tendo a projeção merecida, até hoje é conhecida e respeitada por quem entende do assunto.

Essa banda americana foi formada em 1984 pelos músicos Corey Glover (vocal), Doug Wimbish (baixo), William Calhoun (bateria) e o inglês Vernon Reid (guitarra), e desde o início chamou a atenção por um fato até então não muito comum no rock, sendo todos eles negros. Esse fato levou muita importância na época, pois ainda se tratavam estilos mais específicos como música de negro e o rock, apesar de ter se originado em, não era um deles. Blues, jazz, funk (o tradicional) e R&B eram estilos tomados pela etnia, com algumas exceções que viriam a aumentar no futuro. O curioso é que, esse fato leva muitas pessoas a crerem que o nome da banda tem a ver com isso, quando é apenas uma citação de vinheta da rede americana de televisão NBC.

Se destacando pelo som bem trabalhado e com groove destacado, Living Colour é considerada até hoje por diversos músicos uma ótima fonte de estudos. Com influências de hard rock, heavy metal, punk, jazz e funk, seus ritmos, composições e tematicas originais sempre foram destaque no meio musical. E suas performaces bastante técnicas e temperadas pelos bares de Nova Iorque chamaram então a atenção do vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, que presenciou um desses shows e ajudou a banda a fechar um contrato com a gravadora Epic. A partir daí, a banda só teria a ganhar.

Seu primeiro disco, Vivid, produzido por Jagger, alcançou o sexto lugar na Billboard americana no ano de seu lançamento e projetou a banda para o mainstream do mundo musical. O destaque nesse álbum é a música Cult Of  Personality, que teve seu clipe reproduzido na MTV americana inúmeras vezes. Essa música ainda foi vencedora do Grammy, e anos mais tarde, veio a fazer parte do jogo Guitar Hero III, sendo uma das mais difíceis de todo o game. Fato esse, que ajudou a banda a retornar para o conhecimento das novas gerações de roqueiros & cia. E em 2004 Reid veio a público para anunciar o retorno da banda, que havia encerrado suas atividades 10 anos antes. Para a alegria de milhares de fãs, que reclamavam até então.

Existem muito mais coisas para se falar da Living Colour. Mas esse não é nosso objetivo. O que queremos aqui, é despertar a sua curiosidade sobre algumas de nossas influências e admirações.
Está dada a dica. Se você gosta de técnica, originalidade e performaces eletrizantes, procure ouvir essa banda. Serão, com certeza, horas de diversão.